Publicado originalmente na newsletter InsperTech em 12/12/2023
O Brasil faz parte de grupo que se comprometeu, durante a COP28, a triplicar a capacidade de produção de energia renovável até 2030
Após duas semanas de debates, a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, encerrou, neste 12 de dezembro, sua rodada de discussões na Expo City, em Dubai, nos Emirados Árabes. O evento reuniu representantes de governos e da sociedade civil de países de todo o mundo para tratar da cada vez mais urgente necessidade de ações concretas para mitigar a crise climática.
Um dos principais temas da COP28 é a conclusão do Global Stocktake (GST), uma análise dos pontos em que avançamos e daqueles em que deixamos de progredir desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015. O desafio, portanto, é identificar lacunas e propor soluções para evitar que a temperatura média do planeta não ultrapasse o limite de 1,5 grau Celsius mais quente em relação ao período pré-industrial, uma vez que o aquecimento do planeta além desse ponto poderia significar o colapso da vida como conhecemos.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta que, para manter a temperatura global dentro desse limite, as emissões de gases de efeito estufa precisam diminuir em 43% até o final desta década. Por isso, o debate sobre a substituição dos combustíveis fósseis por fontes limpas de energia tornou-se central e, no último dia 2 de dezembro, 118 países, entre eles o Brasil, se comprometeram a triplicar suas capacidades de produção de energia por fontes renováveis até 2030. Na mesma ocasião, outros 20 países prometeram triplicar a geração nuclear de eletricidade até 2050.
Dados de dezembro de 2023 compilados pelo think tank ambiental Ember Climate ajudam a compreender de que forma a geração de eletricidade se encaixa no cenário das mudanças climáticas. A partir desses dados, provenientes de fontes nacionais e internacionais, é possível observar o quanto diferentes matrizes de produção de energia impactam nas emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, no aquecimento global. Segundo a Ember Climate, triplicar a capacidade de geração de energia renovável é a ação mais significativa que o mundo pode tomar para manter viável a meta de limitar o aquecimento a 1,5 grau Celsius.