Publicado originalmente na newsletter InsperTech em 14/02/2023
Mais de 3 trilhões de dólares deverão ser investidos, em 2026, em todo o mundo, na adoção de tecnologias para tornar digitais os mais variados negócios e serviços. Trata-se de uma onda de transformações que engloba desde a adoção por cada vez mais organizações do armazenamento de dados em nuvem, em oposição ao armazenamento em sistemas locais, até a adoção de novas ferramentas e dispositivos de comunicação e a automatização de processos.
Diversos fatores influenciaram a transformação digital ao longo dos últimos anos, mas a pandemia da covid-19 está entre os de maior impacto. A necessidade de distanciamento social acelerou o ritmo da mudança em todo o mundo em 2020. Paralelamente, a própria demanda dos consumidores e a necessidade de manterem-se competitivas fez com que as empresas buscassem tecnologias que as tornassem mais eficientes, mais ágeis para reagir às mudanças do mercado, mais inovadoras e, consequentemente, mais resilientes.
De acordo com dados reunidos pelo site Statista, especializado em inteligência de mercado, a transformação digital tornou-se a maior prioridade dos setores de tecnologia da informação (TI) das empresas desde 2020. Esse processo de digitalização, consequentemente, traz consigo maior demanda por serviços de segurança cibernética, área que aparece como segunda maior prioridade nos dados coletados.
De acordo com os dados, em 2022, a abordagem mais popular entre as empresas ao desenhar suas estratégias de transformação digital envolvia o reaproveitamento de soluções já existentes em suas infraestruturas tradicionais (21%) e a extensão de soluções já existentes para sistemas de nuvem (24%). Isso significa que 45% das abordagens tinham como objetivo a modernização de sistemas instalados nas empresas, em oposição à terceirização dos processos (16%) ou à construção do zero dos novos sistemas (15%).
Entre os desafios enfrentados pelas empresas, a falta de expertise foi citada por 54% dos entrevistados para a pesquisa. A dependência de sistemas antigos, ou “legados”, foi citada por 53%, e uma proporção similar, 51%, afirmou que o esforço para manter em operação sistemas existentes foi um entrave para o investimento em transformação digital. Apenas 35% das empresas apontaram a falta de recursos financeiros como um impeditivo.