Para João do Rio, cronista que melhor observou o Rio de Janeiro capital da república, no início do século 20, poder-se-ia, aos poucos, detalhar a alma nacional nos estandartes dos cordões – hoje chamados blocos – de carnaval. “Os cordões são os núcleos irredutíveis da folia carioca, brotam com fulgor mais vivo e são antes de tudo bem do povo, bem da terra, bem da alma encantadora e bárbara do Rio”, escreveu em artigo publicado pela revista Kosmos, em janeiro de 1906.